Inaugurando a seção "fique por dentro", o Blog "Futebol em palavras" traz uma síntese do "caso Dodô". As causas e conseqüências, dúvidas e soluções...
Fique por dentro!
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Fontes:
Blog do Eduardo Mansell, colunista do Lancenet! O link do blog está abaixo, aconselho todos a visitarem.
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Wikipédia - Entenda o que é doping.
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O que é "doping"? Doping é um termo em inglês que significa dopagem. No esporte, a dopagem é a utilização de substâncias proibidas que promovem o aumento ilícito e artificial das capacidades do atleta.
14 de junho de 2007. Essa é a data da partida em que o Botafogo goleou o Vasco por 4 a 0. Mas infelizmente os comentários do jogo não foram para sobre placar elástico... Dodô, atacante do Botafogo e autor de dois gols no clássico, foi pego no exame antidoping realizado após a partida.
O exame comprovou o uso de femproporex, uma substância ilícita, que estava contida na cafeína que o jogador ingeria antes das partidas.
Comprovada a utilização da substância na contra-prova do exame, Dodô foi suspenso preventivamente por 30 dias enquanto esperava por julgamento.
A partir de então, o clube, jogador e advogados procuraram encontrar as respostas para a situação. Afinal de contas, o jogador deixou claro que não tinha ingerido intencionalmente o femproporex. E ele estava certo.
O Botafogo de Futebol e Regatas possuía um vínculo profissional com a Fharmacy, farmácia de manipulação, que fornecia medicamentos ao clube. O fato é que um dos lotes de cafeína(lícita) fornecidos pela farmácia continha o femproporex, considerada doping e, portanto, proibida.
De quem é a culpa? Do jogador, que é responsável pelo o que ingere? Do clube, responsável pelo jogador e que entrou em campo com seus jogadores dopados? Da farmácia, que forneceu um medicamento proibido? De quem é a culpa?
Na terça-feira, 24 de julho, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) julgou o "caso Dodô". Por unanimidade, os relatores condenaram o atacante Dodô a ficar 120 dias fora dos gramados.
Na sessão, os advogados de defesa do jogador alegaram que o jogador não tinha consciência que estava ingerindo a substância ilegal. Argumentaram sobre a boa conduta do atacante durante toda a sua carreira e alegaram que o jogador tinha sido envenenado.
Nada adiantou. A votação aconteceu e Dodô está suspenso por 120 dias, além dos 30 dias preventivos já cumpridos pelo atacante. É justo? Provado que o jogador não teve a intenção de ingerir a substância proibida, porque a necessidade de punir Dodô?
Responsabilidade objetiva. Esse foi o julgamento do STJD. Como assim? Para o Superior, o atleta é responsável por tudo o que ingere independente de sua intenção. O caso mostrou uma aparente inutilidade dos julgamentos do STJD em casos de doping. Ora, se o jogador que é pego com doping será punido, qual a necessidade de um julgamento? Dar-se logo a sentença e ponto final.
Tudo isso parece um absurdo. E em situações de sabotagem? Não digo que foi este o caso, mas e se a farmácia agiu de má fé e adicionou o femproporex de forma proposital? E se os médicos do Botafogo foram negligentes e não averiguaram corretamente as cápsulas de cafeína?
Sinceramente não acredito nisso, mesmo porque, a farmácia e os médicos trabalham há mais de dois anos com o clube, e nunca houve casos parecidos.
De qualquer forma, em quaisquer dos casos, continua comprovada a inocência de Dodô, afinal de contas, repito, ele não sabia o que estava tomando. E não é caso de tomar um líquido do copo de um desconhecido, é um caso de tomar um remédio fornecido pelo próprio clube, ou pela a farmácia, que garantia a validade do medicamento. Porque punir somente o jogador?
Por outro lado, com intenções à parte, o Botafogo jogou com seus jogadores dopados e foi beneficiado por isso. Como fica a situação dos times que enfrentaram o Botafogo, como exemplo temos o Vasco, que fora goleado por 4 a 0. Em tese, todos eles foram prejudicados.
E mais, todo clube, além do vínculo com uma farmácia especializada, possui seus médicos. Estes deveriam fazer análises dos medicamentos para assim poderem entregá-los aos seus jogadores.
O clube é responsável pela medicação do jogador. O Dodô ingeriu uma substância ilícita dentro do próprio clube, entregue pelo clube, mesmo que indiretamente. E agora, o Botafogo deve perder os pontos que conquistou com seus jogadores dopados? Os jogos devem ser realizados novamente? Não acho que o caso seja para isso.
E a farmácia de manipulação, como fica? De acordo com a Fharmacy, os lotes de cafeína foram fornecidos dois meses atrás. A farmácia alega que os jogadores que ingeriram o lote de cafeína já passaram por testes antidoping e nada foi constatado.
Com todas essas dúvidas no ar, fica muito claro que as decisões devem ser tomadas após uma análise criteriosa dos fatos. É necessária uma investigação completa do processo. Que se investigue a farmácia, o clube, os médicos ou mesmo o jogador a fim de chegar em um resultado verídico do ocorrido.
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Infelizmente não temos as respostas para todas essas perguntas. O problema, por tão cheio de mistérios e caminhos diferentes, parece não haver solução definida. Contudo, se há uma solução para o caso, com certeza esta não será a punição do jogador, somente a punição do atacante Dodô.
Mas nem tudo está perdido para o time do Botafogo. Amanhã, quinta-feira, 2 de agosto, o atacante Dodô voltará a ser julgado pelo STJD. O recurso impetrado pelo Botafogo foi aceito pelo Tribunal e fica a expectativa pela decisão final. O clube carioca parece estar muito confiante na absolvição do jogador. Caso isso não aconteça, o Botafogo fará de tudo para diminuir em 50% a punição ao jogador.
“Não tenho dúvidas de que o STJD vai ter uma outra decisão nesta quinta-feira, pois não se pode punir um inocente. O Dodô não sabia o que ele estava tomando. O clima no Botafogo é de total confiança para esse novo julgamento”, afirmou o vice-presidente de futebol do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro.
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E para você, qual a solução do "caso Dodô"?
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14 de junho de 2007. Essa é a data da partida em que o Botafogo goleou o Vasco por 4 a 0. Mas infelizmente os comentários do jogo não foram para sobre placar elástico... Dodô, atacante do Botafogo e autor de dois gols no clássico, foi pego no exame antidoping realizado após a partida.
O exame comprovou o uso de femproporex, uma substância ilícita, que estava contida na cafeína que o jogador ingeria antes das partidas.
Comprovada a utilização da substância na contra-prova do exame, Dodô foi suspenso preventivamente por 30 dias enquanto esperava por julgamento.
A partir de então, o clube, jogador e advogados procuraram encontrar as respostas para a situação. Afinal de contas, o jogador deixou claro que não tinha ingerido intencionalmente o femproporex. E ele estava certo.
O Botafogo de Futebol e Regatas possuía um vínculo profissional com a Fharmacy, farmácia de manipulação, que fornecia medicamentos ao clube. O fato é que um dos lotes de cafeína(lícita) fornecidos pela farmácia continha o femproporex, considerada doping e, portanto, proibida.
De quem é a culpa? Do jogador, que é responsável pelo o que ingere? Do clube, responsável pelo jogador e que entrou em campo com seus jogadores dopados? Da farmácia, que forneceu um medicamento proibido? De quem é a culpa?
Na terça-feira, 24 de julho, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) julgou o "caso Dodô". Por unanimidade, os relatores condenaram o atacante Dodô a ficar 120 dias fora dos gramados.
Na sessão, os advogados de defesa do jogador alegaram que o jogador não tinha consciência que estava ingerindo a substância ilegal. Argumentaram sobre a boa conduta do atacante durante toda a sua carreira e alegaram que o jogador tinha sido envenenado.
Nada adiantou. A votação aconteceu e Dodô está suspenso por 120 dias, além dos 30 dias preventivos já cumpridos pelo atacante. É justo? Provado que o jogador não teve a intenção de ingerir a substância proibida, porque a necessidade de punir Dodô?
Responsabilidade objetiva. Esse foi o julgamento do STJD. Como assim? Para o Superior, o atleta é responsável por tudo o que ingere independente de sua intenção. O caso mostrou uma aparente inutilidade dos julgamentos do STJD em casos de doping. Ora, se o jogador que é pego com doping será punido, qual a necessidade de um julgamento? Dar-se logo a sentença e ponto final.
Tudo isso parece um absurdo. E em situações de sabotagem? Não digo que foi este o caso, mas e se a farmácia agiu de má fé e adicionou o femproporex de forma proposital? E se os médicos do Botafogo foram negligentes e não averiguaram corretamente as cápsulas de cafeína?
Sinceramente não acredito nisso, mesmo porque, a farmácia e os médicos trabalham há mais de dois anos com o clube, e nunca houve casos parecidos.
De qualquer forma, em quaisquer dos casos, continua comprovada a inocência de Dodô, afinal de contas, repito, ele não sabia o que estava tomando. E não é caso de tomar um líquido do copo de um desconhecido, é um caso de tomar um remédio fornecido pelo próprio clube, ou pela a farmácia, que garantia a validade do medicamento. Porque punir somente o jogador?
Por outro lado, com intenções à parte, o Botafogo jogou com seus jogadores dopados e foi beneficiado por isso. Como fica a situação dos times que enfrentaram o Botafogo, como exemplo temos o Vasco, que fora goleado por 4 a 0. Em tese, todos eles foram prejudicados.
E mais, todo clube, além do vínculo com uma farmácia especializada, possui seus médicos. Estes deveriam fazer análises dos medicamentos para assim poderem entregá-los aos seus jogadores.
O clube é responsável pela medicação do jogador. O Dodô ingeriu uma substância ilícita dentro do próprio clube, entregue pelo clube, mesmo que indiretamente. E agora, o Botafogo deve perder os pontos que conquistou com seus jogadores dopados? Os jogos devem ser realizados novamente? Não acho que o caso seja para isso.
E a farmácia de manipulação, como fica? De acordo com a Fharmacy, os lotes de cafeína foram fornecidos dois meses atrás. A farmácia alega que os jogadores que ingeriram o lote de cafeína já passaram por testes antidoping e nada foi constatado.
Com todas essas dúvidas no ar, fica muito claro que as decisões devem ser tomadas após uma análise criteriosa dos fatos. É necessária uma investigação completa do processo. Que se investigue a farmácia, o clube, os médicos ou mesmo o jogador a fim de chegar em um resultado verídico do ocorrido.
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Infelizmente não temos as respostas para todas essas perguntas. O problema, por tão cheio de mistérios e caminhos diferentes, parece não haver solução definida. Contudo, se há uma solução para o caso, com certeza esta não será a punição do jogador, somente a punição do atacante Dodô.
Mas nem tudo está perdido para o time do Botafogo. Amanhã, quinta-feira, 2 de agosto, o atacante Dodô voltará a ser julgado pelo STJD. O recurso impetrado pelo Botafogo foi aceito pelo Tribunal e fica a expectativa pela decisão final. O clube carioca parece estar muito confiante na absolvição do jogador. Caso isso não aconteça, o Botafogo fará de tudo para diminuir em 50% a punição ao jogador.
“Não tenho dúvidas de que o STJD vai ter uma outra decisão nesta quinta-feira, pois não se pode punir um inocente. O Dodô não sabia o que ele estava tomando. O clima no Botafogo é de total confiança para esse novo julgamento”, afirmou o vice-presidente de futebol do Botafogo, Carlos Augusto Montenegro.
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2 comentários:
Dodô, AGORA VAI - A APOSENTADORIA XD
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